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A Casa

Diretor
David Pastor, Àlex Pastor
Elenco
Javier Gutiérrez, Mario Casas, Bruna Cusí
Ano
2020
País
Espanha

Suspense netflix ml-psicologico ml-independente ml-crime ml-europa ml-espanha ml-vc ml-critica

A Casa

"A Casa" é mais um suspense psicológico que vem da Espanha e que justifica seu sucesso. Embora tenha lido muita gente reclamando do final (algo que se repetiu no ótimo "O Poço"), posso dizer tranquilamente que o filme entrega o que promete - angústia e mal estar!

Javier Muñoz (Javier Gutierrez) é um publicitário muito conhecido em Barcelona que está desempregado há algum tempo. O temor iminente de uma queda de padrão social só aumenta a cada entrevista de emprego frustada. Marga (Ruth Díaz), sua esposa, sugere a Javier que se mudem para um apartamento mais simples até que as coisas se restabeleçam. Acontece que Javier não se conforma com a situação, sente-se humilhado, inseguro. Quando ele vê o jovem casal que agora mora no seu antigo apartamento e que parece viver uma vida perfeita, ele é tomado pela inveja e a partir daí, começa a arquitetar um plano minucioso para retomar o seu antigo status e a felicidade de viver no topo. Confira o trailer:

O filme é ótimo, mas se você espera um thriller ao melhor estilo americano , esqueça, "A Casa" não é para você! O filme tem um levada psicológica menos intensa na ação - ele funciona muito mais na empatia que sentimos pelo personagem, mesmo sabendo que suas atitudes vão se distanciando cada vez mais dos nosso valores. É quase o sentimento que tínhamos pelo inesquecível Walter White de "Breaking Bad". Isso não é uma comparação, é apenas uma citação para explicar que a "A Casa" é um filme mais cadenciado, mas que é muito competente em nos colocar dentro da trama sem o menor esforço!

Embora a trama do filme nos envolva desde seu inicio, o roteiro tem algumas inconstâncias que prejudicaram na experiência de muita gente. O primeiro e o segundo atos são excelentes - desde a apresentação do protagonista até se estabelecer a sua motivação! O medo estampado no rosto do excelente ator Javier Gutierrez naturalmente vai se transformando em ódio e, principalmente, inveja - é isso: o filme é sobre a inveja no seu nível mais estereotipado (no bom sentido) possível! O acerto das situações que transformam o personagem vai desde a escolha da sua profissão até a forma como ele lida com a necessidade de se reinventar. É claro que o roteiro abusa da suspensão da realidade, mas nem por isso nos afastamos da sua dor e isso ganha muita força quando percebemos que na verdade essa dor é muito mais pela vaidade do que pela situação que ele está vivendo - o que "justifica" sua relação com o jardineiro do seu antigo condomínio - reparem (ali temos um bom exemplo de como essa sub trama poderia ter sido melhor desenvolvida e, principalmente, melhor solucionada)! O maior deslize do roteiro está no terceiro ato, pois temos a sensação de que tudo é resolvido muito rapidamente e, mais uma vez citando Breaking Bad: falta tempo para desenvolver a transformação do protagonista em anti-herói e depois, mais tempo ainda, para colocá-lo como vitima de uma sociedade opressora, preconceituosa e de valores morais duvidosos.

Muito bem dirigido pelos irmãos David Pastor e Àlex Pastor, lindamente fotografado pelo Pau Castejón, "A Casa" é mais um exemplo de uma boa premissa para se discutir o mundo que estamos vivendo hoje, mas que infelizmente sofre com o formato - uma minissérie (ou até uma série) elevaria a qualidade do roteiro em níveis astronômicos! Em tempo, a comparação com "Parasita" é muito simplista - acreditem, não é o caso (nem de longe), mas mesmo assim é preciso dar mérito ao ótimo entretenimento que é o filme. Mais uma vez: não irá agradar a todos e compreendo as críticas sobre a falta de originalidade do assunto, mas independente de qualquer coisa, me diverti muito e indico com essas ressalvas.

Assista Agora

"A Casa" é mais um suspense psicológico que vem da Espanha e que justifica seu sucesso. Embora tenha lido muita gente reclamando do final (algo que se repetiu no ótimo "O Poço"), posso dizer tranquilamente que o filme entrega o que promete - angústia e mal estar!

Javier Muñoz (Javier Gutierrez) é um publicitário muito conhecido em Barcelona que está desempregado há algum tempo. O temor iminente de uma queda de padrão social só aumenta a cada entrevista de emprego frustada. Marga (Ruth Díaz), sua esposa, sugere a Javier que se mudem para um apartamento mais simples até que as coisas se restabeleçam. Acontece que Javier não se conforma com a situação, sente-se humilhado, inseguro. Quando ele vê o jovem casal que agora mora no seu antigo apartamento e que parece viver uma vida perfeita, ele é tomado pela inveja e a partir daí, começa a arquitetar um plano minucioso para retomar o seu antigo status e a felicidade de viver no topo. Confira o trailer:

O filme é ótimo, mas se você espera um thriller ao melhor estilo americano , esqueça, "A Casa" não é para você! O filme tem um levada psicológica menos intensa na ação - ele funciona muito mais na empatia que sentimos pelo personagem, mesmo sabendo que suas atitudes vão se distanciando cada vez mais dos nosso valores. É quase o sentimento que tínhamos pelo inesquecível Walter White de "Breaking Bad". Isso não é uma comparação, é apenas uma citação para explicar que a "A Casa" é um filme mais cadenciado, mas que é muito competente em nos colocar dentro da trama sem o menor esforço!

Embora a trama do filme nos envolva desde seu inicio, o roteiro tem algumas inconstâncias que prejudicaram na experiência de muita gente. O primeiro e o segundo atos são excelentes - desde a apresentação do protagonista até se estabelecer a sua motivação! O medo estampado no rosto do excelente ator Javier Gutierrez naturalmente vai se transformando em ódio e, principalmente, inveja - é isso: o filme é sobre a inveja no seu nível mais estereotipado (no bom sentido) possível! O acerto das situações que transformam o personagem vai desde a escolha da sua profissão até a forma como ele lida com a necessidade de se reinventar. É claro que o roteiro abusa da suspensão da realidade, mas nem por isso nos afastamos da sua dor e isso ganha muita força quando percebemos que na verdade essa dor é muito mais pela vaidade do que pela situação que ele está vivendo - o que "justifica" sua relação com o jardineiro do seu antigo condomínio - reparem (ali temos um bom exemplo de como essa sub trama poderia ter sido melhor desenvolvida e, principalmente, melhor solucionada)! O maior deslize do roteiro está no terceiro ato, pois temos a sensação de que tudo é resolvido muito rapidamente e, mais uma vez citando Breaking Bad: falta tempo para desenvolver a transformação do protagonista em anti-herói e depois, mais tempo ainda, para colocá-lo como vitima de uma sociedade opressora, preconceituosa e de valores morais duvidosos.

Muito bem dirigido pelos irmãos David Pastor e Àlex Pastor, lindamente fotografado pelo Pau Castejón, "A Casa" é mais um exemplo de uma boa premissa para se discutir o mundo que estamos vivendo hoje, mas que infelizmente sofre com o formato - uma minissérie (ou até uma série) elevaria a qualidade do roteiro em níveis astronômicos! Em tempo, a comparação com "Parasita" é muito simplista - acreditem, não é o caso (nem de longe), mas mesmo assim é preciso dar mérito ao ótimo entretenimento que é o filme. Mais uma vez: não irá agradar a todos e compreendo as críticas sobre a falta de originalidade do assunto, mas independente de qualquer coisa, me diverti muito e indico com essas ressalvas.

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