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Duna

"Duna" é uma poesia visual! Um verdadeiro épico como poucas vezes assistimos - e aqui eu coloco, sem o menor receio de errar, "Senhor dos Anéis" e "Star Wars" no mesmo nível! Ter um diretor como Dennis Villeneuve no comando de uma obra tão complexa visualmente, e que há pouco tempo dizia-se impossível de transportar para a tela de cinema com o respeito ao texto magistral de Frank Herbert, é posicionar o filme em um outro patamar, daqueles raros artisticamente, claro, mas principalmente, tecnicamente! Sério, se você achou que em "A Chegada" (de 2016) e em "Blade Runner 2049" (de 2017) ele entregou grandes filmes, seja em termos de narrativa ou equilibrando perfeitamente a gramática cinematográfica com uma belíssima fotografia e o uso de computação gráfica, se prepare porque "Duna" vai redefinir o padrão estético para filmes do gênero! 

"Duna" conta a história de Paul Atreides, jovem talentoso e brilhante que nasceu com um destino grandioso, para além até da sua própria compreensão. A pedido do Imperador, ele e sua família são convidados a reestabelecer a paz em um dos planetas mais perigosos do universo e assim garantir o futuro de seu povo. Enquanto forças malévolas levam à uma acirrada disputa pelo controle exclusivo do fornecimento do recurso natural mais precioso existente nesse planeta - capaz de liberar o maior potencial da humanidade, apenas aqueles que conseguem vencer seu medo vão sobreviver em um ambiente árido e cheio de desafios. Confira o trailer:

Trata-se de um épico de ficção cientifica? Sim, mas não apenas isso. Ao assistir o filme, não será uma única vez que você vai conectar o mood de "Duna" com séries como "Game of Thrones" ou filmes como "Star Wars" - e aqui não estou estabelecendo nenhum tipo de comparação entre as obras e as especificidades de cada uma, apenas pontuando que vários elementos narrativos vão nos transportar pela memória. 

Mais do que apresentar com inteligência um novo universo para aqueles pouco familiarizados com a obra literária, Villeneuve impõe uma visão clássica de "Duna" sem esquecer da dinâmica narrativa referenciada por George Lucas ou R. R. Martin - quando Paul encara o Verme da Areia de Arrakis é como se replicássemos a cena de Drogon pronto para queimar Jon Snow no final de GoT. O fato é que o diretor, ao lado dos roteiristas Jon Spaihts e Eric Rothnão apenas se inspiram na dinâmica, como também tratam de diversos assuntos presentes em ambos universos, como política, religião, economia, geografia e ciência, organizando as ações e batalhas em cima dos gatilhos de três fortes elementos narrativos: conquista, traição e vingança.

Saiba que "Duna"é apenas a primeira parte, então não caia no erro de criticar a história ou pensar nos filmes isoladamente quando, na verdade, será preciso analisar o projeto como um todo -Peter Jackson que não nos ouça. Mesmo Villeneuve entregando um filme com começo, meio e fim, a sensação ao subir o primeiro crédito é que estamos apenas no fim da primeira temporada de uma saga que já tem dia para acabar (ou pelo menos deveria, pois a Warner ainda não confirmou as sequências).

Antes de finalizar, preciso fazer um comentário, reparem nos elementos técnicos e artísticos de "Duna" e aqui eu destaco alguns: a trilha sonora de Hans Zimmer (“Blade Runner 2049”) é algo de se aplaudir de pé; a fotografia de Greig Fraser (“Lion: Uma Jornada para Casa” e “A Hora Mais Escura”) é belíssima; o figurino da Jacqueline West (“O Regresso”) também sensacional e, por fim, o desenho de produção de Patrice Vermette ("A Chegada"), muito criativo e original nos detalhes dentro de tudo que já vimos. Não se surpreendam se "Duna" receber por volta de 15 indicações no Oscar 2022 - e de levar tranquilamente, pelo menos, metade disso.

"Duna" é uma linda adaptação, um espetáculo visual que realmente merece ser assistido em uma tela grande e com o melhor sistema de som possível, mas adianto, mesmo com a satisfação de ter experienciado um filme raro, será preciso ter muita paciência até que o destino de Paul Atreides seja mostrado nos demais filmes - e que assim seja, pois essa ansiedade vai nos incomodar durante os próximos 3 ou 4 anos.

Vale muito a pena!!!

Up-date: "Duna" recebeu 10 indicações, ganhando em seis categorias no Oscar 2022, inclusive Melhor Fotografia.

Assista Agora

"Duna" é uma poesia visual! Um verdadeiro épico como poucas vezes assistimos - e aqui eu coloco, sem o menor receio de errar, "Senhor dos Anéis" e "Star Wars" no mesmo nível! Ter um diretor como Dennis Villeneuve no comando de uma obra tão complexa visualmente, e que há pouco tempo dizia-se impossível de transportar para a tela de cinema com o respeito ao texto magistral de Frank Herbert, é posicionar o filme em um outro patamar, daqueles raros artisticamente, claro, mas principalmente, tecnicamente! Sério, se você achou que em "A Chegada" (de 2016) e em "Blade Runner 2049" (de 2017) ele entregou grandes filmes, seja em termos de narrativa ou equilibrando perfeitamente a gramática cinematográfica com uma belíssima fotografia e o uso de computação gráfica, se prepare porque "Duna" vai redefinir o padrão estético para filmes do gênero! 

"Duna" conta a história de Paul Atreides, jovem talentoso e brilhante que nasceu com um destino grandioso, para além até da sua própria compreensão. A pedido do Imperador, ele e sua família são convidados a reestabelecer a paz em um dos planetas mais perigosos do universo e assim garantir o futuro de seu povo. Enquanto forças malévolas levam à uma acirrada disputa pelo controle exclusivo do fornecimento do recurso natural mais precioso existente nesse planeta - capaz de liberar o maior potencial da humanidade, apenas aqueles que conseguem vencer seu medo vão sobreviver em um ambiente árido e cheio de desafios. Confira o trailer:

Trata-se de um épico de ficção cientifica? Sim, mas não apenas isso. Ao assistir o filme, não será uma única vez que você vai conectar o mood de "Duna" com séries como "Game of Thrones" ou filmes como "Star Wars" - e aqui não estou estabelecendo nenhum tipo de comparação entre as obras e as especificidades de cada uma, apenas pontuando que vários elementos narrativos vão nos transportar pela memória. 

Mais do que apresentar com inteligência um novo universo para aqueles pouco familiarizados com a obra literária, Villeneuve impõe uma visão clássica de "Duna" sem esquecer da dinâmica narrativa referenciada por George Lucas ou R. R. Martin - quando Paul encara o Verme da Areia de Arrakis é como se replicássemos a cena de Drogon pronto para queimar Jon Snow no final de GoT. O fato é que o diretor, ao lado dos roteiristas Jon Spaihts e Eric Rothnão apenas se inspiram na dinâmica, como também tratam de diversos assuntos presentes em ambos universos, como política, religião, economia, geografia e ciência, organizando as ações e batalhas em cima dos gatilhos de três fortes elementos narrativos: conquista, traição e vingança.

Saiba que "Duna"é apenas a primeira parte, então não caia no erro de criticar a história ou pensar nos filmes isoladamente quando, na verdade, será preciso analisar o projeto como um todo -Peter Jackson que não nos ouça. Mesmo Villeneuve entregando um filme com começo, meio e fim, a sensação ao subir o primeiro crédito é que estamos apenas no fim da primeira temporada de uma saga que já tem dia para acabar (ou pelo menos deveria, pois a Warner ainda não confirmou as sequências).

Antes de finalizar, preciso fazer um comentário, reparem nos elementos técnicos e artísticos de "Duna" e aqui eu destaco alguns: a trilha sonora de Hans Zimmer (“Blade Runner 2049”) é algo de se aplaudir de pé; a fotografia de Greig Fraser (“Lion: Uma Jornada para Casa” e “A Hora Mais Escura”) é belíssima; o figurino da Jacqueline West (“O Regresso”) também sensacional e, por fim, o desenho de produção de Patrice Vermette ("A Chegada"), muito criativo e original nos detalhes dentro de tudo que já vimos. Não se surpreendam se "Duna" receber por volta de 15 indicações no Oscar 2022 - e de levar tranquilamente, pelo menos, metade disso.

"Duna" é uma linda adaptação, um espetáculo visual que realmente merece ser assistido em uma tela grande e com o melhor sistema de som possível, mas adianto, mesmo com a satisfação de ter experienciado um filme raro, será preciso ter muita paciência até que o destino de Paul Atreides seja mostrado nos demais filmes - e que assim seja, pois essa ansiedade vai nos incomodar durante os próximos 3 ou 4 anos.

Vale muito a pena!!!

Up-date: "Duna" recebeu 10 indicações, ganhando em seis categorias no Oscar 2022, inclusive Melhor Fotografia.

Assista Agora

O Livro de Boba Fett

"O Livro de Boba Fett" talvez seja o maior exemplo (até aqui) da infinidade de possibilidades que um serviço de streaming proporciona para a construção (e recuperação) de uma narrativa que vai funcionar como uma importante peça de um enorme quebra-cabeça. Seguindo a cartilha de desenvolvimento de personagens e histórias secundárias, mas relevantes como arco maior, de um Universo repleto de fãs (bem ao estilo Marvel), a série da Disney+ usa seus 7 episódios para contar uma jornada (não revelada e que não mudaria o rumo dos acontecimentos da franquia) de Boba Fett dentro da linha temporal de Star Wars e, mais do que isso, que fortalece a sua relação com o fenômeno "The Mandalorian" abrindo caminho para outros cross-overs.

O foco da série está em acompanhar a ascensão de Boba Fett (Temuera Morrison) ao posto de chefe do crime em Tatooine (continuando de onde parou na segunda temporada de “The Mandalorian"). Após a morte de Jabba "the Hutt" em “O Retorno de Jedi”, a principal família criminosa do planeta ficou sem líder, com o Twi’Lek Bib Fortuna (Matthew Wood) assumindo sem inspirar muita confiança. Fett depõe o antigo mordomo com a brutalidade que lhe é peculiar, mas ele não é um senhor do crime - ele é um caçador de recompensas e com isso ele tem que provar que pode governar o local, ser mais diplomático, enfrentar alguma milícias e ainda manter a ordem e a paz para todos os habitantes do planeta. Confira o trailer:

É difícil não gostar de "O Livro de Boba Fett" depois de duas temporadas de "The Mandalorian" e do gancho deixado para que o personagem, definitivamente, brilhasse em uma jornada solo, porém é preciso que se diga: a construção narrativa de série, obedecendo duas linhas temporais (com o passado e o presente de Fett), não se sustenta - isso é tão claro que a duração dos episódios até a chegada de Mando na trama é de no máximo 30 minutos e depois praticamente dobra. Veja, o roteiro tenta priorizar o ecossistema conflituoso de Tatooine e relaciona-lo ao passado do protagonista, adicionando personagens como os Mods (um grupo de criminosos cyberpunks adolescentes) e até proporcionando o retorno de Cobb Vanth (Timothy Olyphant) e Cad Bane (Corey Burton), mas o fôlego só é recuperado de verdade quando o showrunner Robert Rodriguez transforma "O Livro de Boba Fett" em uma espécie de “Star Wars: a Série”!

Eu explico: o mood do que já deu certo anteriormente é praticamente "copiado e colado". Personagens como o Mandaloriano (Pedro Pascal), Luke Skywalker (Mark Hamill), Ahsoka Tano (Rosario Dawson) e Grogu vão ganhando tempo de tela e deixando o próprio Boba Fett em segundo plano - sem falar que praticamente esquece Fennec Shand (Ming-Na Wen). Por outro lado a dinâmica narrativa da série melhora, ganha mais ação, mais embates, tiroteios, perseguições, etc - só não segue a unidade e, muito menos, o conceito apresentado no primeiro episódio.

Dito isso, é possível que você estranhe essa quebra brusca de conceito (lá pelo quinto episódio). O ritmo muda e o foco também! A história de tudo que aconteceu entre "O Retorno de Jedi" (1983) até o retorno misterioso de Fett em "The Mandalorian", e a trama dele tentando se transformar no novo Daimiô de Tatooine, praticamente deixa de existir e o universo que nos fez reviver os bons tempos de Star Wars passa a ser melhor explorado - até Cad Bane, um dos personagens favoritos dos fãs das animações, surge em live action. O fato é que mesmo inconstante "O Livro de Boba Fett" é bom, cumpre seu papel e se torna uma série imperdível, mas deixa muito claro quem será o personagem-chave dessa nova fase da franquia (agora no streaming).

Vale o play se você for fã! 

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"O Livro de Boba Fett" talvez seja o maior exemplo (até aqui) da infinidade de possibilidades que um serviço de streaming proporciona para a construção (e recuperação) de uma narrativa que vai funcionar como uma importante peça de um enorme quebra-cabeça. Seguindo a cartilha de desenvolvimento de personagens e histórias secundárias, mas relevantes como arco maior, de um Universo repleto de fãs (bem ao estilo Marvel), a série da Disney+ usa seus 7 episódios para contar uma jornada (não revelada e que não mudaria o rumo dos acontecimentos da franquia) de Boba Fett dentro da linha temporal de Star Wars e, mais do que isso, que fortalece a sua relação com o fenômeno "The Mandalorian" abrindo caminho para outros cross-overs.

O foco da série está em acompanhar a ascensão de Boba Fett (Temuera Morrison) ao posto de chefe do crime em Tatooine (continuando de onde parou na segunda temporada de “The Mandalorian"). Após a morte de Jabba "the Hutt" em “O Retorno de Jedi”, a principal família criminosa do planeta ficou sem líder, com o Twi’Lek Bib Fortuna (Matthew Wood) assumindo sem inspirar muita confiança. Fett depõe o antigo mordomo com a brutalidade que lhe é peculiar, mas ele não é um senhor do crime - ele é um caçador de recompensas e com isso ele tem que provar que pode governar o local, ser mais diplomático, enfrentar alguma milícias e ainda manter a ordem e a paz para todos os habitantes do planeta. Confira o trailer:

É difícil não gostar de "O Livro de Boba Fett" depois de duas temporadas de "The Mandalorian" e do gancho deixado para que o personagem, definitivamente, brilhasse em uma jornada solo, porém é preciso que se diga: a construção narrativa de série, obedecendo duas linhas temporais (com o passado e o presente de Fett), não se sustenta - isso é tão claro que a duração dos episódios até a chegada de Mando na trama é de no máximo 30 minutos e depois praticamente dobra. Veja, o roteiro tenta priorizar o ecossistema conflituoso de Tatooine e relaciona-lo ao passado do protagonista, adicionando personagens como os Mods (um grupo de criminosos cyberpunks adolescentes) e até proporcionando o retorno de Cobb Vanth (Timothy Olyphant) e Cad Bane (Corey Burton), mas o fôlego só é recuperado de verdade quando o showrunner Robert Rodriguez transforma "O Livro de Boba Fett" em uma espécie de “Star Wars: a Série”!

Eu explico: o mood do que já deu certo anteriormente é praticamente "copiado e colado". Personagens como o Mandaloriano (Pedro Pascal), Luke Skywalker (Mark Hamill), Ahsoka Tano (Rosario Dawson) e Grogu vão ganhando tempo de tela e deixando o próprio Boba Fett em segundo plano - sem falar que praticamente esquece Fennec Shand (Ming-Na Wen). Por outro lado a dinâmica narrativa da série melhora, ganha mais ação, mais embates, tiroteios, perseguições, etc - só não segue a unidade e, muito menos, o conceito apresentado no primeiro episódio.

Dito isso, é possível que você estranhe essa quebra brusca de conceito (lá pelo quinto episódio). O ritmo muda e o foco também! A história de tudo que aconteceu entre "O Retorno de Jedi" (1983) até o retorno misterioso de Fett em "The Mandalorian", e a trama dele tentando se transformar no novo Daimiô de Tatooine, praticamente deixa de existir e o universo que nos fez reviver os bons tempos de Star Wars passa a ser melhor explorado - até Cad Bane, um dos personagens favoritos dos fãs das animações, surge em live action. O fato é que mesmo inconstante "O Livro de Boba Fett" é bom, cumpre seu papel e se torna uma série imperdível, mas deixa muito claro quem será o personagem-chave dessa nova fase da franquia (agora no streaming).

Vale o play se você for fã! 

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The Mandalorian

"The Mandalorian" é sem dúvida o maior acerto do Universo "Stars Wars" em muito tempo! A série da Disney+ foi capaz de captar a essência, tanto visual quanto narrativa, que parecia estar perdida em uma sequência de equívocos que colocaram em dúvida a capacidade da própria Disney em perpetuar uma franquia de sucesso e com tantos fãs - e mais uma vez, o streaming parece ter conseguido colocar o conceito criativo do próprio George Lucas nos eixos logo na estreia!

Ambientada na linha do tempo de "Star Wars" entre a "Era da Rebelião" de "Retorno de Jedi", cinco anos após a queda do Império, e a "Era da Resistência", 25 anos antes da ascensão da Primeira Ordem de "O Despertar da Força", "The Mandalorian" mostra a derrocada do Império quando a Galáxia se torna uma terra de ninguém, caótica, repleta de caçadores de recompensas, entre eles, o próprio "Mando" - como é conhecido por onde passa.

Com uma estrutura narrativa bem próxima de um "procedural", com episódios independentes entre si, que focam em uma nova missão do protagonista por semana, a trama traz uma arco maior muito interessante e que funciona como linha condutora para unir, de certa forma, toda temporada: o Mandalorian precisa proteger uma criatura chamada de "The Child", que também ficou conhecida como "Baby Yoda" -  aqui cabe uma observação importante:  ele não é o Mestre Yoda de Star Wars, eles são somente da mesma espécie e pertencem a uma ordem de "feiticeiros" conhecida como Jedi (assim se explica na primeira temporada)! Vamos ao trailer:

É natural uma certa confusão inicial para aqueles que não seguem o Universo Star Wars quase como uma religião - de fato, faltam referências mais óbvias para estabelecer o momento exato na linha do tempo e, vou além, para apresentar as peculiaridades daqueles personagens. Porém, quem tem algum conhecimento dos três primeiros filmes da franquia, ou melhor, os episódios IV, V e VI; facilmente embarca na jornada do personagem justamente pelo alinhamento conceitual que o diretorJon Favreau conseguiu recuperar.  

Claramente inspirado nos filmes de western, "The Mandalorian" equilibra muito bem aquela ficção cientifica raiz com a ação e os tiroteios do "velho oeste", em troca de algumas moedas. Não que os próprios filmes da franquia também não possuam essa inspiração, mas aqui é tudo mais claro - não existe (pelo menos por enquanto) a necessidade do protagonista se tornar algo maior ou importante demais para todo o universo: o foco é sobreviver de pequenos bicos enquanto tenta se livrar do "Baby Yoda".

Como em "WandaVision", a série original do Disney+ também não economiza na produção e muito menos relativiza os aspectos os aspectos técnicos e artistisicos por se tratar de um projeto para o streaming - isso não existe mais e aqui temos outra prova desse posicionamento! Desde os efeitos especiais, passando pela trilha sonora, edição de som, fotografia, desenho de produção, enquadramentos e até as coreografias das cenas de ação que são deslumbrantes, tudo tem nível de blockbuster! Então, se você é fã de Star Wars, claro que a série é imperdível, mas caso você queira iniciar essa jornada eu sugiro: assista os filmes I, II, III, IV, V e VI e depois venha voando para "The Mandalorian"!

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"The Mandalorian" é sem dúvida o maior acerto do Universo "Stars Wars" em muito tempo! A série da Disney+ foi capaz de captar a essência, tanto visual quanto narrativa, que parecia estar perdida em uma sequência de equívocos que colocaram em dúvida a capacidade da própria Disney em perpetuar uma franquia de sucesso e com tantos fãs - e mais uma vez, o streaming parece ter conseguido colocar o conceito criativo do próprio George Lucas nos eixos logo na estreia!

Ambientada na linha do tempo de "Star Wars" entre a "Era da Rebelião" de "Retorno de Jedi", cinco anos após a queda do Império, e a "Era da Resistência", 25 anos antes da ascensão da Primeira Ordem de "O Despertar da Força", "The Mandalorian" mostra a derrocada do Império quando a Galáxia se torna uma terra de ninguém, caótica, repleta de caçadores de recompensas, entre eles, o próprio "Mando" - como é conhecido por onde passa.

Com uma estrutura narrativa bem próxima de um "procedural", com episódios independentes entre si, que focam em uma nova missão do protagonista por semana, a trama traz uma arco maior muito interessante e que funciona como linha condutora para unir, de certa forma, toda temporada: o Mandalorian precisa proteger uma criatura chamada de "The Child", que também ficou conhecida como "Baby Yoda" -  aqui cabe uma observação importante:  ele não é o Mestre Yoda de Star Wars, eles são somente da mesma espécie e pertencem a uma ordem de "feiticeiros" conhecida como Jedi (assim se explica na primeira temporada)! Vamos ao trailer:

É natural uma certa confusão inicial para aqueles que não seguem o Universo Star Wars quase como uma religião - de fato, faltam referências mais óbvias para estabelecer o momento exato na linha do tempo e, vou além, para apresentar as peculiaridades daqueles personagens. Porém, quem tem algum conhecimento dos três primeiros filmes da franquia, ou melhor, os episódios IV, V e VI; facilmente embarca na jornada do personagem justamente pelo alinhamento conceitual que o diretorJon Favreau conseguiu recuperar.  

Claramente inspirado nos filmes de western, "The Mandalorian" equilibra muito bem aquela ficção cientifica raiz com a ação e os tiroteios do "velho oeste", em troca de algumas moedas. Não que os próprios filmes da franquia também não possuam essa inspiração, mas aqui é tudo mais claro - não existe (pelo menos por enquanto) a necessidade do protagonista se tornar algo maior ou importante demais para todo o universo: o foco é sobreviver de pequenos bicos enquanto tenta se livrar do "Baby Yoda".

Como em "WandaVision", a série original do Disney+ também não economiza na produção e muito menos relativiza os aspectos os aspectos técnicos e artistisicos por se tratar de um projeto para o streaming - isso não existe mais e aqui temos outra prova desse posicionamento! Desde os efeitos especiais, passando pela trilha sonora, edição de som, fotografia, desenho de produção, enquadramentos e até as coreografias das cenas de ação que são deslumbrantes, tudo tem nível de blockbuster! Então, se você é fã de Star Wars, claro que a série é imperdível, mas caso você queira iniciar essa jornada eu sugiro: assista os filmes I, II, III, IV, V e VI e depois venha voando para "The Mandalorian"!

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