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The Feed

Elenco
Guy Burnet, David Thewlis, Michelle Fairley
Ano
2019
País
Reino Unido

Ficção Prime Video ml-psicologico ml-investigação ml-crime ml-tecnologia ml-bm ml-nolan

The Feed

Antes de mais nada, "The Feed" é uma provocação das mais interessantes - especialmente se você se permitir buscar na realidade atual referências que de alguma forma nos remetem ao perigo que é a possibilidade de perdermos o equilíbrio entre o bom senso e a tecnologia. Ao melhor estilo "Black Mirror" (aquele mais raiz), mas com um toque bem presente de "Devs" e "Osmosis", "The Feed" explora os impactos da tecnologia em um futuro próximo, onde a conectividade total transformou as interações humanas (e a privacidade) em uma mercadoria obsoleta. Baseada no romance homônimo de Nick Clark Windo, essa série de ficção científica distópica da Prime Vídeo, lançada em 2019, mistura elementos de thriller psicológico, drama familiar e crítica social, abordando temas que ressoam profundamente em um mundo cada vez mais dependente do controle total da informação - eu diria até que "The Feed" é um reflexo inquietante do nosso presente projetado em um futuro realmente perturbador.

A trama é centrada na família Hatfield, criadora de um implante neural chamado "The Feed", que permite às pessoas compartilhar informações, emoções e memórias em tempo real. Apesar de ser uma revolução tecnológica que conecta o mundo em níveis sem precedentes, o Feed começa a apresentar falhas, transformando os usuários em assassinos incontroláveis. À medida que o sistema ameaça se desintegrar, a família Hatfield é forçada a confrontar os custos éticos e pessoais de sua criação, enquanto lutam para salvar o que resta da sociedade. Confira o trailer (em inglês):

"The Feed" é muito inteligente ao utilizar a premissa do desenvolvimento tecnológico brutal dos dias de hoje para explorar dinâmicas humanas e familiares de uma forma mais intimista e reflexiva - mas sem esquecer da ação. O protagonista Tom Hatfield (Guy Burnet) se vê dividido entre sua desconfiança em relação ao Feed e sua lealdade à sua família, particularmente seu pai, Lawrence Hatfield (David Thewlis), o criador visionário e impiedoso do sistema. O conflito entre a inovação sem limites e as consequências não intencionais cria uma tensão constante que impulsiona a narrativa de um maneira surpreendente - você não vai precisar mais do que um episódio para se sentir dentro da trama como se fosse algo bem palpável. A direção, seguindo esse caminho, enfatiza o contraste entre a conectividade e o isolamento emocional, com uma estética visual que mistura ambientes minimalistas e frios com cenas mais caóticas e visceralmente humanas. É interessante como a série alterna entre tons suaves e estéreis para as cenas conectadas ao Feed com os tons mais naturais para os momentos de desconexão, refletindo o conflito central da narrativa sem pesar na mão ou inventar a roda.

O roteiro, embora ambicioso, nem sempre mantém o ritmo perfeito entre o thriller tecnológico e o drama humano. Alguns diálogos expõem ideias complexas de maneira didática, enquanto outras subtramas parecem excessivamente dependentes de clichês do gênero - isso é uma fraqueza, não há como negar, mas também é preciso dizer que alguns gaps podem até passar despercebidos quando os temas centrais são explorados com mais profundidade. Repare como assuntos atuais como a perda de privacidade, o impacto da hiperconectividade como identidade e as consequências éticas da inovação, são jogadas na narrativa com muita sabedoria, nos provocando reflexões pertinentes.

Mesmo com alguns esteriótipos marcantes, as performances do elenco justificam o interesse na série - especialmente David Thewlis, que entrega uma interpretação intensa e multifacetada como Lawrence Hatfield, um visionário bem Elon Musk, que luta para justificar os sacrifícios feitos em nome do progresso. Guy Burnet traz vulnerabilidade e determinação ao seu Tom, enquanto Nina Toussaint-White, como Kate, a esposa de Tom, adiciona camadas de conflito e resiliência à história. Outro ponto técnico bacana de se observar é o desenho de som: ao lado da trilha sonora, eles desempenham papéis importantes na criação da atmosfera da série com sons eletrônicos e pulsantes que refletem o domínio do Feed na vida das pessoas, enquanto os momentos de silêncio ou efeitos sonoros naturais sublinham a desconexão e a luta por autenticidade em um mundo dominado pela tecnologia.

Apesar de seus méritos, "The Feed" se torna excessivamente dependente de reviravoltas, sacrificando o desenvolvimento orgânico dos personagens em prol do impacto narrativo - funciona, mas soa familiar demais. Além disso, a ambição da série em abordar múltiplos temas nem sempre é acompanhada por uma execução consistente, resultando em algumas tramas subdesenvolvidas que vão exigir mais boa vontade do que empolgação. Mesmo deixando alguns pontos abertos, "The Feed" entrega um entretenimento que vai fazer valer muito o seu play em uma primeira temporada intrigante e, por vezes, perturbadora sobre o impacto da tecnologia na sociedade!

Assista Agora

Antes de mais nada, "The Feed" é uma provocação das mais interessantes - especialmente se você se permitir buscar na realidade atual referências que de alguma forma nos remetem ao perigo que é a possibilidade de perdermos o equilíbrio entre o bom senso e a tecnologia. Ao melhor estilo "Black Mirror" (aquele mais raiz), mas com um toque bem presente de "Devs" e "Osmosis", "The Feed" explora os impactos da tecnologia em um futuro próximo, onde a conectividade total transformou as interações humanas (e a privacidade) em uma mercadoria obsoleta. Baseada no romance homônimo de Nick Clark Windo, essa série de ficção científica distópica da Prime Vídeo, lançada em 2019, mistura elementos de thriller psicológico, drama familiar e crítica social, abordando temas que ressoam profundamente em um mundo cada vez mais dependente do controle total da informação - eu diria até que "The Feed" é um reflexo inquietante do nosso presente projetado em um futuro realmente perturbador.

A trama é centrada na família Hatfield, criadora de um implante neural chamado "The Feed", que permite às pessoas compartilhar informações, emoções e memórias em tempo real. Apesar de ser uma revolução tecnológica que conecta o mundo em níveis sem precedentes, o Feed começa a apresentar falhas, transformando os usuários em assassinos incontroláveis. À medida que o sistema ameaça se desintegrar, a família Hatfield é forçada a confrontar os custos éticos e pessoais de sua criação, enquanto lutam para salvar o que resta da sociedade. Confira o trailer (em inglês):

"The Feed" é muito inteligente ao utilizar a premissa do desenvolvimento tecnológico brutal dos dias de hoje para explorar dinâmicas humanas e familiares de uma forma mais intimista e reflexiva - mas sem esquecer da ação. O protagonista Tom Hatfield (Guy Burnet) se vê dividido entre sua desconfiança em relação ao Feed e sua lealdade à sua família, particularmente seu pai, Lawrence Hatfield (David Thewlis), o criador visionário e impiedoso do sistema. O conflito entre a inovação sem limites e as consequências não intencionais cria uma tensão constante que impulsiona a narrativa de um maneira surpreendente - você não vai precisar mais do que um episódio para se sentir dentro da trama como se fosse algo bem palpável. A direção, seguindo esse caminho, enfatiza o contraste entre a conectividade e o isolamento emocional, com uma estética visual que mistura ambientes minimalistas e frios com cenas mais caóticas e visceralmente humanas. É interessante como a série alterna entre tons suaves e estéreis para as cenas conectadas ao Feed com os tons mais naturais para os momentos de desconexão, refletindo o conflito central da narrativa sem pesar na mão ou inventar a roda.

O roteiro, embora ambicioso, nem sempre mantém o ritmo perfeito entre o thriller tecnológico e o drama humano. Alguns diálogos expõem ideias complexas de maneira didática, enquanto outras subtramas parecem excessivamente dependentes de clichês do gênero - isso é uma fraqueza, não há como negar, mas também é preciso dizer que alguns gaps podem até passar despercebidos quando os temas centrais são explorados com mais profundidade. Repare como assuntos atuais como a perda de privacidade, o impacto da hiperconectividade como identidade e as consequências éticas da inovação, são jogadas na narrativa com muita sabedoria, nos provocando reflexões pertinentes.

Mesmo com alguns esteriótipos marcantes, as performances do elenco justificam o interesse na série - especialmente David Thewlis, que entrega uma interpretação intensa e multifacetada como Lawrence Hatfield, um visionário bem Elon Musk, que luta para justificar os sacrifícios feitos em nome do progresso. Guy Burnet traz vulnerabilidade e determinação ao seu Tom, enquanto Nina Toussaint-White, como Kate, a esposa de Tom, adiciona camadas de conflito e resiliência à história. Outro ponto técnico bacana de se observar é o desenho de som: ao lado da trilha sonora, eles desempenham papéis importantes na criação da atmosfera da série com sons eletrônicos e pulsantes que refletem o domínio do Feed na vida das pessoas, enquanto os momentos de silêncio ou efeitos sonoros naturais sublinham a desconexão e a luta por autenticidade em um mundo dominado pela tecnologia.

Apesar de seus méritos, "The Feed" se torna excessivamente dependente de reviravoltas, sacrificando o desenvolvimento orgânico dos personagens em prol do impacto narrativo - funciona, mas soa familiar demais. Além disso, a ambição da série em abordar múltiplos temas nem sempre é acompanhada por uma execução consistente, resultando em algumas tramas subdesenvolvidas que vão exigir mais boa vontade do que empolgação. Mesmo deixando alguns pontos abertos, "The Feed" entrega um entretenimento que vai fazer valer muito o seu play em uma primeira temporada intrigante e, por vezes, perturbadora sobre o impacto da tecnologia na sociedade!

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