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A Hora do Desespero

Diretor
Phillip Noyce
Elenco
Naomi Watts, Colton Gobbo
Ano
2021
País
EUA

Ação Prime Video ml-psicologico ml-real ml-investigação ml-crime

A Hora do Desespero

"A Hora do Desespero" é mais um filme do "ame ou odeie" - e muito disso se deve pelo fato de 100% da narrativa ser construída pelas ligações de celular que a protagonista faz (ou recebe) enquanto tenta lidar com uma situação dramática bem ao estilo do excelente filme dinamarquês "Culpa", mas talvez seguindo uma linha mais hollywoodiana como em "Buscando...".

Prestes a completar um ano da morte de seu marido, Amy Carr (Naomi Watts) sai para o que devia ter sido uma corrida matinal restauradora até que a policia local emite um alerta com notícias terríveis: a escola em que seu filho Noah (Colton Gobbo) frequenta foi sitiada por um atirador - o detalhe: pouco se sabe sobre a identidade do criminoso. Confira o trailer:

É impressionante como o cinema comercial americano sente a incontrolável necessidade de estabelecer quem é o herói, quem é o bandido e como é possível ter um final feliz para, assim, poder entregar uma mensagem de esperança enquanto a audiência sai emocionada da projeção. É justamente por causa dessa "cartilha" que "A Hora do Desespero" perde uma excelente oportunidade de se tornar impactante e com isso se colocar em outra prateleira de qualidade. Isso faz do filme ruim? Não, de maneira alguma, mas o classifica como um bom entretenimento quando poderia trazer muito mais sensações do que realmente traz.

Muito bem dirigido pelo australiano Phillip Noyce (da série "Revenge") e escrito pelo Chris Sparling (de "O Aviso"), "Lakewood" (no original) parece que vai entregar um drama potente, cheio de camadas, tenso e angustiante; até que se depara com soluções menos corajosas, transformando uma jornada claramente sensorial em mais um bom filme-pipoca, ótimo para um final de semana chuvoso - eu diria até que "despretensioso" quanto a sua sensibilidade. A direção de Noyce e a brilhante performance de Watts dão ao roteiro mediano uma certa elegância, que visualmente foi muito bem traduzida pelo diretor de fotografia John Brawley (de "The Thing About Pam"). A produção, de fato, chama atenção por sua ótima qualidade e, claro, pela inegável força que o assunto "bullying e cyberbullying" tem - é ele que nos conecta imediatamente àquele drama, porém é ele também que nos faz esperar mais.

Vários tons abaixo de "Utøya 22.juli", "A Hora do Desespero" pode ser considerado um bom thriller, daqueles que nos faz prender a respiração em alguns momentos e que é capaz de mexer com nossas emoções enquanto fazemos uma análise crítica mental sobre a situação que a protagonista está inserida. Seu grande mérito, porém, vai além: está na comprovação que mesmo com um pequeno orçamento é possível entregar uma jornada interessante para a audiência, provocando algum incômodo e, principalmente, proporcionando 90 minutos de um entretenimento "estilo clássico" sem nos deixar deprimidos no final.

Vale o play!

Assista Agora

"A Hora do Desespero" é mais um filme do "ame ou odeie" - e muito disso se deve pelo fato de 100% da narrativa ser construída pelas ligações de celular que a protagonista faz (ou recebe) enquanto tenta lidar com uma situação dramática bem ao estilo do excelente filme dinamarquês "Culpa", mas talvez seguindo uma linha mais hollywoodiana como em "Buscando...".

Prestes a completar um ano da morte de seu marido, Amy Carr (Naomi Watts) sai para o que devia ter sido uma corrida matinal restauradora até que a policia local emite um alerta com notícias terríveis: a escola em que seu filho Noah (Colton Gobbo) frequenta foi sitiada por um atirador - o detalhe: pouco se sabe sobre a identidade do criminoso. Confira o trailer:

É impressionante como o cinema comercial americano sente a incontrolável necessidade de estabelecer quem é o herói, quem é o bandido e como é possível ter um final feliz para, assim, poder entregar uma mensagem de esperança enquanto a audiência sai emocionada da projeção. É justamente por causa dessa "cartilha" que "A Hora do Desespero" perde uma excelente oportunidade de se tornar impactante e com isso se colocar em outra prateleira de qualidade. Isso faz do filme ruim? Não, de maneira alguma, mas o classifica como um bom entretenimento quando poderia trazer muito mais sensações do que realmente traz.

Muito bem dirigido pelo australiano Phillip Noyce (da série "Revenge") e escrito pelo Chris Sparling (de "O Aviso"), "Lakewood" (no original) parece que vai entregar um drama potente, cheio de camadas, tenso e angustiante; até que se depara com soluções menos corajosas, transformando uma jornada claramente sensorial em mais um bom filme-pipoca, ótimo para um final de semana chuvoso - eu diria até que "despretensioso" quanto a sua sensibilidade. A direção de Noyce e a brilhante performance de Watts dão ao roteiro mediano uma certa elegância, que visualmente foi muito bem traduzida pelo diretor de fotografia John Brawley (de "The Thing About Pam"). A produção, de fato, chama atenção por sua ótima qualidade e, claro, pela inegável força que o assunto "bullying e cyberbullying" tem - é ele que nos conecta imediatamente àquele drama, porém é ele também que nos faz esperar mais.

Vários tons abaixo de "Utøya 22.juli", "A Hora do Desespero" pode ser considerado um bom thriller, daqueles que nos faz prender a respiração em alguns momentos e que é capaz de mexer com nossas emoções enquanto fazemos uma análise crítica mental sobre a situação que a protagonista está inserida. Seu grande mérito, porém, vai além: está na comprovação que mesmo com um pequeno orçamento é possível entregar uma jornada interessante para a audiência, provocando algum incômodo e, principalmente, proporcionando 90 minutos de um entretenimento "estilo clássico" sem nos deixar deprimidos no final.

Vale o play!

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