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Como Vender a Lua

Diretor
Greg Berlanti
Elenco
Scarlett Johansson, Channing Tatum, Woody Harrelson
Ano
2024
País
EUA

Lançamentos Comédia AppleTV+ ml-romantica ml-relacoes ml-epoca ml-fria ml-casal ml-cinema ml-espaco

Como Vender a Lua

Que filme bacana, despretensioso e gostoso de assistir -  e que roteiro divertido! "Como Vender a Lua" , dirigido pelo Greg Berlanti (roteirista de "Dawson's Creek" e diretor de "Com Amor, Simon"), é uma mistura engenhosa e envolvente de comédia, drama e sátira que explora os bastidores da corrida espacial dos anos 1960 com um olhar inusitado e criativo (baseado em fatos reais... ou não). O filme combina elementos de espionagem, marketing e política, criando uma narrativa que brinca com teorias da conspiração de maneira espirituosa, mas que também faz refletir sobre a importância da percepção pública em tempos de crise - na época, política e social. Assim como "Argo", mas sem tanta densidade, a produção utiliza uma história fictícia para explorar temas reais, tecendo uma narrativa repleta de sacadas muito inteligentes.

"Fly Me to the Moon", no original, gira em torno de Kelly Jones (Scarlett Johansson), uma brilhante especialista em marketing convocada pela CIA para salvar a reputação do programa espacial "Apollo" da NASA, que enfrentava o risco iminente de ser cancelado devido à falta de apoio público e político - e de um acidente que vitimou três astronautas americanos. A solução, ainda mais ousada do que a missão real: encenar um falso pouso na Lua, utilizando as mais avançadas tecnologias de produção cinematográfica da época. Kelly precisa lidar com egos inflados, burocratas desconfiados e dilemas éticos, especialmente depois de se apaixonar por Cole Davis (Channing Tatum), o diretor de lançamento e figura importante para que o programa seja um sucesso. Confira o trailer:

Greg Berlanti, conhecido por sua habilidade em equilibrar drama e humor, dirige um filme que sabe dosar o absurdo de sua premissa com momentos genuínos de tensão e romance. Com um ritmo ágil e uma visão clara do que representa a corrida espacial dentro de um contexto sócio-cultural, Berlanti permite que a audiência mergulhe na década de 1960 e na complexidade da situação politica da época. O diretor utiliza com maestria o contraste entre os bastidores caóticos de um governo marcado pela terra do Vietnã e o brilho dos benefícios de uma conquista espacial, criando assim um tom cômico, mas sempre provocativo - especialmente pelo olhar amplo da sociedade americana.

O roteiro é um dos pontos altos do filme, recheado de diálogos rápidos e cheios de referências conspiratórias - que envolveram até o cineasta Stanley Kubrick.  "Como Vender a Lua" captura tanto o cinismo do universo político quanto o entusiasmo quase ingênuo da sociedade que cobrava uma vitória sobre a URSS na corrida pelo espaço. Por outro lado, a trama também explora questões mais profundas, como o papel da verdade em uma era onde propaganda política e a ciência eram parte de um espetáculo sem credibilidade. Veja, embora a ideia de um falso pouso na Lua seja propositalmente absurda, o filme utiliza essa premissa para comentar sobre a construção de narrativas no imaginário público. Mas e o romance? Bom, talvez esteja aí o ponto fraco do roteiro - ele serve apenas para classificar o filme como uma comédia romântica. Prejudica? Não, mas também não muda nada!

A atuação de Scarlett Johansson é o coração do filme - ela entrega uma performance cheia de nuances, equilibrando o humor mordaz com momentos mais críticos, enquanto sua personagem tenta navegar por um mar de intrigas e decisões impossíveis. Woody Harrelson, como o calculista chefe de operações da CIA acrescenta uma camada de diversão à narrativa que funciona demais. Agora um detalhe que vale muito sua atenção: a recriação da época é impecável, com cenários, figurinos e uma paleta de cores que evocam a energia e o otimismo da década de 1960, enquanto o desenho de produção captura a pseudo-elegância futurista da NASA com imagens de cabo Canaveral de cair o queixo - e aqui eu pontuo o excelente trabalho de composição em CGI.

É claro que "Como Vender a Lua", embora divertido e provocativo, apresenta algumas inconsistências, mas que não impactam em nada na nossa experiência - dada a escolha do diretor Greg Berlanti em criar uma “versão alternativa” dos eventos que se propõe a contar. Esse efeito, obviamente lúdico, tira um pouco da atenção sobre o casal de protagonistas, mas ao mesmo tempo entrega uma jornada inteligente e cheia de brincadeiras que, para os mais atentos (e apaixonados por teorias), será diversão na certa!

Vale seu play!

Assista Agora

Que filme bacana, despretensioso e gostoso de assistir -  e que roteiro divertido! "Como Vender a Lua" , dirigido pelo Greg Berlanti (roteirista de "Dawson's Creek" e diretor de "Com Amor, Simon"), é uma mistura engenhosa e envolvente de comédia, drama e sátira que explora os bastidores da corrida espacial dos anos 1960 com um olhar inusitado e criativo (baseado em fatos reais... ou não). O filme combina elementos de espionagem, marketing e política, criando uma narrativa que brinca com teorias da conspiração de maneira espirituosa, mas que também faz refletir sobre a importância da percepção pública em tempos de crise - na época, política e social. Assim como "Argo", mas sem tanta densidade, a produção utiliza uma história fictícia para explorar temas reais, tecendo uma narrativa repleta de sacadas muito inteligentes.

"Fly Me to the Moon", no original, gira em torno de Kelly Jones (Scarlett Johansson), uma brilhante especialista em marketing convocada pela CIA para salvar a reputação do programa espacial "Apollo" da NASA, que enfrentava o risco iminente de ser cancelado devido à falta de apoio público e político - e de um acidente que vitimou três astronautas americanos. A solução, ainda mais ousada do que a missão real: encenar um falso pouso na Lua, utilizando as mais avançadas tecnologias de produção cinematográfica da época. Kelly precisa lidar com egos inflados, burocratas desconfiados e dilemas éticos, especialmente depois de se apaixonar por Cole Davis (Channing Tatum), o diretor de lançamento e figura importante para que o programa seja um sucesso. Confira o trailer:

Greg Berlanti, conhecido por sua habilidade em equilibrar drama e humor, dirige um filme que sabe dosar o absurdo de sua premissa com momentos genuínos de tensão e romance. Com um ritmo ágil e uma visão clara do que representa a corrida espacial dentro de um contexto sócio-cultural, Berlanti permite que a audiência mergulhe na década de 1960 e na complexidade da situação politica da época. O diretor utiliza com maestria o contraste entre os bastidores caóticos de um governo marcado pela terra do Vietnã e o brilho dos benefícios de uma conquista espacial, criando assim um tom cômico, mas sempre provocativo - especialmente pelo olhar amplo da sociedade americana.

O roteiro é um dos pontos altos do filme, recheado de diálogos rápidos e cheios de referências conspiratórias - que envolveram até o cineasta Stanley Kubrick.  "Como Vender a Lua" captura tanto o cinismo do universo político quanto o entusiasmo quase ingênuo da sociedade que cobrava uma vitória sobre a URSS na corrida pelo espaço. Por outro lado, a trama também explora questões mais profundas, como o papel da verdade em uma era onde propaganda política e a ciência eram parte de um espetáculo sem credibilidade. Veja, embora a ideia de um falso pouso na Lua seja propositalmente absurda, o filme utiliza essa premissa para comentar sobre a construção de narrativas no imaginário público. Mas e o romance? Bom, talvez esteja aí o ponto fraco do roteiro - ele serve apenas para classificar o filme como uma comédia romântica. Prejudica? Não, mas também não muda nada!

A atuação de Scarlett Johansson é o coração do filme - ela entrega uma performance cheia de nuances, equilibrando o humor mordaz com momentos mais críticos, enquanto sua personagem tenta navegar por um mar de intrigas e decisões impossíveis. Woody Harrelson, como o calculista chefe de operações da CIA acrescenta uma camada de diversão à narrativa que funciona demais. Agora um detalhe que vale muito sua atenção: a recriação da época é impecável, com cenários, figurinos e uma paleta de cores que evocam a energia e o otimismo da década de 1960, enquanto o desenho de produção captura a pseudo-elegância futurista da NASA com imagens de cabo Canaveral de cair o queixo - e aqui eu pontuo o excelente trabalho de composição em CGI.

É claro que "Como Vender a Lua", embora divertido e provocativo, apresenta algumas inconsistências, mas que não impactam em nada na nossa experiência - dada a escolha do diretor Greg Berlanti em criar uma “versão alternativa” dos eventos que se propõe a contar. Esse efeito, obviamente lúdico, tira um pouco da atenção sobre o casal de protagonistas, mas ao mesmo tempo entrega uma jornada inteligente e cheia de brincadeiras que, para os mais atentos (e apaixonados por teorias), será diversão na certa!

Vale seu play!

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