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Swimming with Sharks

Diretor
Tucker Gates
Elenco
Diane Kruger, Kiernan Shipka, Donald Sutherland
Ano
2022
País
EUA

Drama Prime Video ml-psicologico ml-real ml-relacoes ml-jovem ml-assedio ml-crime ml-nivel-b ml-cinema

Swimming with Sharks

Um entretenimento rápido, assim é "Swimming with Sharks", produção da Roku, mas distribuída no Brasil pela Prime Vídeo. O lado bom é que, sendo curta, a narrativa realmente é bem dinâmica e sempre está acontecendo alguma coisa que nos prende à história. O lado ruim é que temos uma sensação constante de que alguns plots poderiam (e deveriam) ser melhor desenvolvidos. Criada por Kathleen Robertson e dirigida por Tucker Gates, a série é uma releitura contemporânea do filme homônimo de 1994, que de certa forma satiriza a crueldade e as disputas de poder no mundo corporativo de Hollywood - eu diria que tem um ar de "O Diabo Veste Prada" , mas com o foco no cinema e não na moda. Nessa nova adaptação, a narrativa não apenas atualiza a história para refletir as estruturas atuais da indústria do entretenimento, mas também mergulha mais profundamente nos dilemas éticos, nas obsessões e nos jogos de manipulação que permeiam esse universo - mesmo que em alguns momentos exagere no tom. Assim como produções como "Succession" ou "Industry", "Swimming with Sharks" traz o drama psicológico como matéria-prima para expor as intrigas de bastidores em um mundo competitivo e muitas vezes implacável, só que com uma pegada mais moderninha.

A trama gira em torno de Lou Simms (Kiernan Shipka), uma jovem estagiária que entra em uma influente empresa de produção cinematográfica liderada pela poderosa Joyce Holt (Diane Kruger). O que começa como uma história de uma ambiciosa recém-chegada em busca de reconhecimento, rapidamente se transforma em um perigoso jogo psicológico de manipulação, onde Lou revela ser muito mais astuta do que aparenta. À medida que as relações entre Lou, Joyce e outros membros do escritório se complicam, a série desenvolve uma teia de segredos, traições e obsessões que desafiam a audiência a reconsiderar suas percepções sobre os personagens. Confira o trailer:

A atriz Kathleen Robertson, em sua estreia como criadora de séries, entrega um roteiro afiado que pontua o drama psicológico com diálogos mais expositivos para dar um tom menos naturalista à narrativa. O roteiro é estruturado de forma a manter a audiência constantemente questionando as motivações de Lou e o verdadeiro alcance de sua ambição. O interessante, no entanto, é como Robertson atualiza a crítica à indústria, incluindo comentários sobre poder e misoginia, expondo as complexas dinâmicas de gênero que ainda moldam Hollywood. A direção de Tucker Gates (não por acaso de "The Morning Show") é precisa ao capturar o brilho superficial e a escuridão subjacente daquele contexto que a série retrata. Tucker tentar alinhar a proposta mais jovem do texto de Robertson com uma gramática mais adulta de interpretação - nem sempre funciona, mas sem dúvida cria um identidade que tende a melhorar com o tempo. 

Kiernan Shipka alterna entre a imaturidade de uma estagiária idealista com a frieza calculista de uma mulher manipuladora implacável. Já Diane Kruger traz camadas mais complexas à sua personagem, que é ao mesmo tempo uma líder feroz e uma mulher presa em um sistema que exige perfeição e submissão às regras de poder - talvez aqui o texto de Robertson apresente algumas fraquezas, pois Kruger já demonstrou em "Joika" que pode ir muito além com personagens desse perfil. Por outro lado, a química entre Shipka e Kruger é palpável, tornando suas interações bem interessantes. Aliás, repare como os ambientes corporativos são fotografados com uma paleta fria e moderna para refletir essa desconexão emocional e os jogos de poder que dominam a relação entre as duas - essa sensação de constante inquietação entre elas merece elogios.

"Swimming with Sharks" é uma série intrigante que atualiza a crítica feroz aos bastidores de Hollywood para os desafios e nuances do século XXI, mas saiba que não tem a profundidade e o esmero narrativo de "Succession", por exemplo. É preciso alinhar esse conceito, pois mesmo a produção sendo um olhar fascinante sobre os jogos de poder, as ambições humanas e as consequências de ultrapassar limites, o que vale aqui é mesmo o entretenimento rápido e divertido.

Vale seu play!

Assista Agora

Um entretenimento rápido, assim é "Swimming with Sharks", produção da Roku, mas distribuída no Brasil pela Prime Vídeo. O lado bom é que, sendo curta, a narrativa realmente é bem dinâmica e sempre está acontecendo alguma coisa que nos prende à história. O lado ruim é que temos uma sensação constante de que alguns plots poderiam (e deveriam) ser melhor desenvolvidos. Criada por Kathleen Robertson e dirigida por Tucker Gates, a série é uma releitura contemporânea do filme homônimo de 1994, que de certa forma satiriza a crueldade e as disputas de poder no mundo corporativo de Hollywood - eu diria que tem um ar de "O Diabo Veste Prada" , mas com o foco no cinema e não na moda. Nessa nova adaptação, a narrativa não apenas atualiza a história para refletir as estruturas atuais da indústria do entretenimento, mas também mergulha mais profundamente nos dilemas éticos, nas obsessões e nos jogos de manipulação que permeiam esse universo - mesmo que em alguns momentos exagere no tom. Assim como produções como "Succession" ou "Industry", "Swimming with Sharks" traz o drama psicológico como matéria-prima para expor as intrigas de bastidores em um mundo competitivo e muitas vezes implacável, só que com uma pegada mais moderninha.

A trama gira em torno de Lou Simms (Kiernan Shipka), uma jovem estagiária que entra em uma influente empresa de produção cinematográfica liderada pela poderosa Joyce Holt (Diane Kruger). O que começa como uma história de uma ambiciosa recém-chegada em busca de reconhecimento, rapidamente se transforma em um perigoso jogo psicológico de manipulação, onde Lou revela ser muito mais astuta do que aparenta. À medida que as relações entre Lou, Joyce e outros membros do escritório se complicam, a série desenvolve uma teia de segredos, traições e obsessões que desafiam a audiência a reconsiderar suas percepções sobre os personagens. Confira o trailer:

A atriz Kathleen Robertson, em sua estreia como criadora de séries, entrega um roteiro afiado que pontua o drama psicológico com diálogos mais expositivos para dar um tom menos naturalista à narrativa. O roteiro é estruturado de forma a manter a audiência constantemente questionando as motivações de Lou e o verdadeiro alcance de sua ambição. O interessante, no entanto, é como Robertson atualiza a crítica à indústria, incluindo comentários sobre poder e misoginia, expondo as complexas dinâmicas de gênero que ainda moldam Hollywood. A direção de Tucker Gates (não por acaso de "The Morning Show") é precisa ao capturar o brilho superficial e a escuridão subjacente daquele contexto que a série retrata. Tucker tentar alinhar a proposta mais jovem do texto de Robertson com uma gramática mais adulta de interpretação - nem sempre funciona, mas sem dúvida cria um identidade que tende a melhorar com o tempo. 

Kiernan Shipka alterna entre a imaturidade de uma estagiária idealista com a frieza calculista de uma mulher manipuladora implacável. Já Diane Kruger traz camadas mais complexas à sua personagem, que é ao mesmo tempo uma líder feroz e uma mulher presa em um sistema que exige perfeição e submissão às regras de poder - talvez aqui o texto de Robertson apresente algumas fraquezas, pois Kruger já demonstrou em "Joika" que pode ir muito além com personagens desse perfil. Por outro lado, a química entre Shipka e Kruger é palpável, tornando suas interações bem interessantes. Aliás, repare como os ambientes corporativos são fotografados com uma paleta fria e moderna para refletir essa desconexão emocional e os jogos de poder que dominam a relação entre as duas - essa sensação de constante inquietação entre elas merece elogios.

"Swimming with Sharks" é uma série intrigante que atualiza a crítica feroz aos bastidores de Hollywood para os desafios e nuances do século XXI, mas saiba que não tem a profundidade e o esmero narrativo de "Succession", por exemplo. É preciso alinhar esse conceito, pois mesmo a produção sendo um olhar fascinante sobre os jogos de poder, as ambições humanas e as consequências de ultrapassar limites, o que vale aqui é mesmo o entretenimento rápido e divertido.

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