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Encontros

Diretor
Cédric Klapisch
Elenco
François Civil, Ana Girardot, Camille Cottin
Ano
2019
País
França

Drama AppleTV+ ml-relacoes ml-independente ml-frança ml-europa ml-casal ml-hc

Encontros

"Encontros", novo filme do diretor francês Cédric Klapisch (Paris) parece um drama mais profundo sobre relações (ou a falta delas) ao melhor estilo "Encontros e Desencontros", mas no final não passa de uma comédia romântica com pitadas de drama, tipo "La délicatesse" ("A Delicadeza do Amor") - não que isso seja ruim, muito pelo contrário, acho que até funcionou, mas é preciso assistir preparado para não se decepcionar.

O filme conta a história de Mélanie (Ana Girardot), uma jovem de 30 anos que se apoia em um app de encontros para superar a solidão após o termino do seu mais recente relacionamento e, principalmente, por ter se distanciado tanto da sua família, ou melhor, da sua mãe que mora em uma outra cidade. Já Rémi (François Civil) carrega a dor de uma perda pessoal e está passando por uma transição profissional pouco inspiradora. Sua enorme dificuldade com o sono o coloca em um estado depressivo que dificulta seus relacionamentos - ele também vive sozinho! O interessante é que Mélanie e Rémi são vizinhos, frequentam o mesmo mercado, tem horários parecidos, mas nunca se conheceram! É nesse contexto que "Encontros" acompanha a vida desses dois jovens tão próximos geograficamente, mas tão distantes fisicamente. Suas histórias são contatadas de forma independente, mostrando os dois juntos apenas nos desencontros pontuais e deixando claro que, "sim", eles vão se encontrar e se conhecer em algum momento, mas que isso na verdade não é o mais importante e sim a jornada de auto-conhecimento que os dois estão passando para poder seguir seus respectivos caminhos - juntos ou separados.

Embora o filme trate de assuntos pesados com uma certa leveza, Klapisch peca em não definir o gênero do filme e isso incomoda um pouco - até o nome do filme mudou em português: começou como (Des)Encontros e passou para Encontros um dia antes da estreia! Eu até acho possível brincar com a audiência ao entregar logo de cara um final óbvio, provocando nossa criatividade para descobrir "como" esse final irá acontecer, porém o filme sofre com a falta de identidade e isso reflete muito na nossa experiência - ele transita muito aleatoriamente entre o drama e a comédia romântica, tornando essa "espera" um pouco cansativa. Talvez lendo algo como esse texto antes de assistir o filme, a percepção melhore, mas não se pode contar com isso!

Ter Paris como cenário faz com que a fotografia seja naturalmente muito bonita - os planos abertos são tão bem trabalhados quanto os fechados e isso trás uma enorme elegância para o filme. Klapisch tem o mérito de usar o cenário apenas como moldura para mostrar um sentimento de solidão da vida adulta dos dois personagens. A cor do filme também é linda! Agora, tecnicamente, existe um erro grave de continuidade quando os personagens entram em seus respectivos prédios de um lado, mas aparecem em lados trocados nas suas janelas - eu diria que é um pouco amador esse tipo de erro, mas acaba não interferindo tanto na história em si. Fica como curiosidade!

"Encontros" tenta se aprofundar nos sentimentos dos personagens, mas com um conceito narrativo mais leve e muitas vezes não dá o "match" ideal, por outro lado é um filme gostoso de assistir, com uma ou outra reflexão mais existencial ou por identificação, mas nada muito profundo. Se você gostou de "500 dias com ela" e "Antes do Pôr do Sol", mesmo eles sendo completamente diferentes, é bem possível que você goste de "Encontros" ou (Des)Encontros - como você preferir!

Assista Agora

"Encontros", novo filme do diretor francês Cédric Klapisch (Paris) parece um drama mais profundo sobre relações (ou a falta delas) ao melhor estilo "Encontros e Desencontros", mas no final não passa de uma comédia romântica com pitadas de drama, tipo "La délicatesse" ("A Delicadeza do Amor") - não que isso seja ruim, muito pelo contrário, acho que até funcionou, mas é preciso assistir preparado para não se decepcionar.

O filme conta a história de Mélanie (Ana Girardot), uma jovem de 30 anos que se apoia em um app de encontros para superar a solidão após o termino do seu mais recente relacionamento e, principalmente, por ter se distanciado tanto da sua família, ou melhor, da sua mãe que mora em uma outra cidade. Já Rémi (François Civil) carrega a dor de uma perda pessoal e está passando por uma transição profissional pouco inspiradora. Sua enorme dificuldade com o sono o coloca em um estado depressivo que dificulta seus relacionamentos - ele também vive sozinho! O interessante é que Mélanie e Rémi são vizinhos, frequentam o mesmo mercado, tem horários parecidos, mas nunca se conheceram! É nesse contexto que "Encontros" acompanha a vida desses dois jovens tão próximos geograficamente, mas tão distantes fisicamente. Suas histórias são contatadas de forma independente, mostrando os dois juntos apenas nos desencontros pontuais e deixando claro que, "sim", eles vão se encontrar e se conhecer em algum momento, mas que isso na verdade não é o mais importante e sim a jornada de auto-conhecimento que os dois estão passando para poder seguir seus respectivos caminhos - juntos ou separados.

Embora o filme trate de assuntos pesados com uma certa leveza, Klapisch peca em não definir o gênero do filme e isso incomoda um pouco - até o nome do filme mudou em português: começou como (Des)Encontros e passou para Encontros um dia antes da estreia! Eu até acho possível brincar com a audiência ao entregar logo de cara um final óbvio, provocando nossa criatividade para descobrir "como" esse final irá acontecer, porém o filme sofre com a falta de identidade e isso reflete muito na nossa experiência - ele transita muito aleatoriamente entre o drama e a comédia romântica, tornando essa "espera" um pouco cansativa. Talvez lendo algo como esse texto antes de assistir o filme, a percepção melhore, mas não se pode contar com isso!

Ter Paris como cenário faz com que a fotografia seja naturalmente muito bonita - os planos abertos são tão bem trabalhados quanto os fechados e isso trás uma enorme elegância para o filme. Klapisch tem o mérito de usar o cenário apenas como moldura para mostrar um sentimento de solidão da vida adulta dos dois personagens. A cor do filme também é linda! Agora, tecnicamente, existe um erro grave de continuidade quando os personagens entram em seus respectivos prédios de um lado, mas aparecem em lados trocados nas suas janelas - eu diria que é um pouco amador esse tipo de erro, mas acaba não interferindo tanto na história em si. Fica como curiosidade!

"Encontros" tenta se aprofundar nos sentimentos dos personagens, mas com um conceito narrativo mais leve e muitas vezes não dá o "match" ideal, por outro lado é um filme gostoso de assistir, com uma ou outra reflexão mais existencial ou por identificação, mas nada muito profundo. Se você gostou de "500 dias com ela" e "Antes do Pôr do Sol", mesmo eles sendo completamente diferentes, é bem possível que você goste de "Encontros" ou (Des)Encontros - como você preferir!

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