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Madam-CJWalker.jpg

Self Made

Diretor
DeMane Davis, Kasi Lemmons
Elenco
Octavia Spencer, Tiffany Haddish, Carmen Ejogo
Ano
2020
País
EUA

Drama netflix ml-real ml-relacoes ml-epoca ml-empreendedorismo ml-biografia ml-racismo ml-livro ml-gb

Self Made

"A Vida e a História de Madam C.J. Walker" retrata a incrível história real de Sarah Breedlove, a primeira mulher negra no mundo a tronar-se milionária. A minissérie de 4 capítulos da Netflix pode até ser reconhecida pela trajetória de sucesso da C.J. Walker e toda revolução que seus produtos representaram no setor de beleza para mulheres negras, mas na verdade, a história fala mesmo é de resiliência - para mim, uma das qualidades essenciais para quem quer (ou precisa) empreender. Confira o trailer:

A impressionante história de uma filha de escravos que se tornou uma das mulheres mais influentes de sua época foi contada na biografia On Her Own Ground, escrita por  A'Lelia Bundles. O livro inspirou a série que tem como produtor executivo ninguém menos de LeBron James. Em 1908, na Louisiana, Sul dos Estados Unidos, Sarah Breedlove (Octavia Spencer) sobrevivia como lavadeira até que um dia ela recebeu a visita de Addie Munroe (Carmen Ejogo), uma vendedora que lhe oferecia um certo produto que prometia fazer seu cabelo crescer de uma forma mais rápida e sedosa. Com algum tempo de uso, a vida de Sarah muda completamente, aumentando sua auto-estima e abrindo a possibilidade de revender o produto usando seu depoimento real para convencer as possíveis compradoras. Sua estratégia funciona, porém Munroe impede que Breedlove continue com as vendas por não querer seu produto vinculado à uma lavandeira! Inconformada, ela resolve produzir seu próprio produto, atacando o ponto mais sensível da concorrente: o cheiro ruim que ficava no cabelo após a aplicação. A partir do sucesso do novo produto"A Vida e a História de Madam C.J. Walker" pontua todos os momentos cruciais na construção de um império da beleza em uma época em que grande parte dos Estados Unidos vivia sob rígidas leis de segregação racial.

De cara, é preciso dizer que o roteiro da minissérie escrito pela Nicole Jefferson Asher, Elle Johnson (Bosh) e Janine Sherman (E.R.) tropeça na própria pretensão de se tornar inovador, porém entrega um resultado interessante e satisfatório - muito mais pela força da história de Breedlove do que pelas escolhas criativas das roteiristas. Existem algumas intervenções visuais durante os momentos de reflexão da protagonista que poderiam criar uma certa leveza artística para a minissérie, mas a forma como foi realizada tira completamente do contexto narrativo e não entrega o impacto visual que se propunha - se a culpa é da roteirista, da produção ou da própria diretora, fica difícil cravar, mas o fato é que não funcionou - ficou simples demais! Essa, aliás, é minha única critica em relação a minissérie - até sua proposta musical ao melhor estilo Baz Luhrmann eu gostei, ou seja, ao mesmo tempo em que se constrói uma história de época super engessada, também encontramos cenas importantes sendo embaladas ao som de um hip hop moderno, por exemplo!

A direção de DeMane Davis (de "How to Get Away with Murder") e de Kasi Lemmons (de "Harriet") não impressiona, mas também não compromete - cada uma dirigiu dois capítulos. Já a fotografia de Kira Kelly (de "A 13ª Emenda") está muito bonita, embora seja perceptível o incomodo por ser uma produção sem tantos recursos. Gostei muito do trabalho de arte e um pouco menos da montagem - o resultado final é uma minissérie com uma grande história que mereceria um maior investimento para alcançar o status de forte concorrente na próxima temporada de premiações - e aí nem preciso mencionar a qualidade do trabalho da Octavia Spencer, certo?

Agora, quando nos deparamos com frases impactantes como “o cabelo é nossa herança", "ele diz de onde viemos, onde estivemos e para onde vamos”, “o cabelo pode ser liberdade ou prisão” e “se ela fica bonita, todas nós ficamos bonita”, temos uma tendência natural em diminuir o valor do roteiro perante uma grande história, mas nesse caso o contexto faz todo o sentido, pois esse tipo de escolha serve como um impulso perante uma postura de marca que hoje é até usual, mas que na época foi um grande diferencial. Sarah Breedlove não vendia apenas um produto, ela vendia um novo estilo de vida; e construiu um império graças à coerência do seu discurso com seu propósito - ela queria criar possibilidades reais para uma ascensão social da mulher negra através de um trabalho digno, em um mercado até então dominado pelos brancos e isso acabou se tornando prioridade nos investimentos que ela sempre fez em treinamentos para que centenas de mulheres pudessem trabalhar como cabeleireiras e vendedoras de seus produtos.

Olha, a minissérie é inspiradora, tem uma dinâmica muito interessante e escancara alguns elementos essências para quem quer ou já empreende. Além de uma aula de percepção de mercado, desenvolvimento de produto, comunicação com seu publico (comunidade), estratégia de vendas e pitching; "A Vida e a História de Madam C.J. Walker" é um excelente entretenimento! Vale muito a pena!

Assista Agora

"A Vida e a História de Madam C.J. Walker" retrata a incrível história real de Sarah Breedlove, a primeira mulher negra no mundo a tronar-se milionária. A minissérie de 4 capítulos da Netflix pode até ser reconhecida pela trajetória de sucesso da C.J. Walker e toda revolução que seus produtos representaram no setor de beleza para mulheres negras, mas na verdade, a história fala mesmo é de resiliência - para mim, uma das qualidades essenciais para quem quer (ou precisa) empreender. Confira o trailer:

A impressionante história de uma filha de escravos que se tornou uma das mulheres mais influentes de sua época foi contada na biografia On Her Own Ground, escrita por  A'Lelia Bundles. O livro inspirou a série que tem como produtor executivo ninguém menos de LeBron James. Em 1908, na Louisiana, Sul dos Estados Unidos, Sarah Breedlove (Octavia Spencer) sobrevivia como lavadeira até que um dia ela recebeu a visita de Addie Munroe (Carmen Ejogo), uma vendedora que lhe oferecia um certo produto que prometia fazer seu cabelo crescer de uma forma mais rápida e sedosa. Com algum tempo de uso, a vida de Sarah muda completamente, aumentando sua auto-estima e abrindo a possibilidade de revender o produto usando seu depoimento real para convencer as possíveis compradoras. Sua estratégia funciona, porém Munroe impede que Breedlove continue com as vendas por não querer seu produto vinculado à uma lavandeira! Inconformada, ela resolve produzir seu próprio produto, atacando o ponto mais sensível da concorrente: o cheiro ruim que ficava no cabelo após a aplicação. A partir do sucesso do novo produto"A Vida e a História de Madam C.J. Walker" pontua todos os momentos cruciais na construção de um império da beleza em uma época em que grande parte dos Estados Unidos vivia sob rígidas leis de segregação racial.

De cara, é preciso dizer que o roteiro da minissérie escrito pela Nicole Jefferson Asher, Elle Johnson (Bosh) e Janine Sherman (E.R.) tropeça na própria pretensão de se tornar inovador, porém entrega um resultado interessante e satisfatório - muito mais pela força da história de Breedlove do que pelas escolhas criativas das roteiristas. Existem algumas intervenções visuais durante os momentos de reflexão da protagonista que poderiam criar uma certa leveza artística para a minissérie, mas a forma como foi realizada tira completamente do contexto narrativo e não entrega o impacto visual que se propunha - se a culpa é da roteirista, da produção ou da própria diretora, fica difícil cravar, mas o fato é que não funcionou - ficou simples demais! Essa, aliás, é minha única critica em relação a minissérie - até sua proposta musical ao melhor estilo Baz Luhrmann eu gostei, ou seja, ao mesmo tempo em que se constrói uma história de época super engessada, também encontramos cenas importantes sendo embaladas ao som de um hip hop moderno, por exemplo!

A direção de DeMane Davis (de "How to Get Away with Murder") e de Kasi Lemmons (de "Harriet") não impressiona, mas também não compromete - cada uma dirigiu dois capítulos. Já a fotografia de Kira Kelly (de "A 13ª Emenda") está muito bonita, embora seja perceptível o incomodo por ser uma produção sem tantos recursos. Gostei muito do trabalho de arte e um pouco menos da montagem - o resultado final é uma minissérie com uma grande história que mereceria um maior investimento para alcançar o status de forte concorrente na próxima temporada de premiações - e aí nem preciso mencionar a qualidade do trabalho da Octavia Spencer, certo?

Agora, quando nos deparamos com frases impactantes como “o cabelo é nossa herança", "ele diz de onde viemos, onde estivemos e para onde vamos”, “o cabelo pode ser liberdade ou prisão” e “se ela fica bonita, todas nós ficamos bonita”, temos uma tendência natural em diminuir o valor do roteiro perante uma grande história, mas nesse caso o contexto faz todo o sentido, pois esse tipo de escolha serve como um impulso perante uma postura de marca que hoje é até usual, mas que na época foi um grande diferencial. Sarah Breedlove não vendia apenas um produto, ela vendia um novo estilo de vida; e construiu um império graças à coerência do seu discurso com seu propósito - ela queria criar possibilidades reais para uma ascensão social da mulher negra através de um trabalho digno, em um mercado até então dominado pelos brancos e isso acabou se tornando prioridade nos investimentos que ela sempre fez em treinamentos para que centenas de mulheres pudessem trabalhar como cabeleireiras e vendedoras de seus produtos.

Olha, a minissérie é inspiradora, tem uma dinâmica muito interessante e escancara alguns elementos essências para quem quer ou já empreende. Além de uma aula de percepção de mercado, desenvolvimento de produto, comunicação com seu publico (comunidade), estratégia de vendas e pitching; "A Vida e a História de Madam C.J. Walker" é um excelente entretenimento! Vale muito a pena!

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